Se Estado não mantiver a queda de contaminação, decreto pode ser revisto, diz Caiado

O governador Ronaldo Caiado (DEM) realizou, nesta tarde de terça-feira (13), uma videoconferência para falar do decreto com novas ações de combate ao Covid-19. Apesar de não fechar o comércio, seguindo o decreto 14×14 (que fecharia por 14 dias a partir dessa quarta, se fosse prorrogado), o gestor disse que, se o Estado não mantiver a queda de contaminação, a decisão terá que ser revista.

Caiado pediu a todos os presidentes dos poderes e de classes, que ajudassem a manter a ordem, para não repetir a situação de um mês, “que penalizou vidas em Goiás”. “Não há espaço para festas”, frisou.

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), que participou da elaboração do decreto junto ao governador, segundo o próprio Caiado, declarou que segue com o objetivo de cuidar de vidas. “Salvar vidas depende de muitas atitudes, tanto do poder Executivo do Estado quanto do município, e temos trabalhado em conjunto.”

Segundo ele, as decisões são tomadas conjuntamente e com dados técnicos tanto do secretário municipal de Saúde quanto do Estado. “E o município de Goiânia está junto com o governo do Estado para salvar vidas. Mesmo sabendo que estamos uma condição mais adequada de receberemos mais pessoas – com leitos de UTI e enfermaria disponíveis -, isso não nos dá razão e segurança de abrirmos tudo de uma vez.”

Rogério pediu, ainda, que as pessoas se conscientizem cada dia mais e sigam os critérios sanitários para prevenir contra a Covid. “Governador, pode contar conosco. Goiânia está de mãos dadas com o governo de Goiás”, reforçou.

Secretário de Saúde

Ainda na videoconferência, o secretário de Saúde Ismael Alexandrino ressaltou que a decisão de manter o comércio aberto foi difícil, mas houve um voto de confiança na sociedade. “Mas não há conforto”, deixou claro.

Segundo ele, contudo, não há uma decisão irresponsável, mas técnica, que verificou aspectos sociais, econômicos e mais. “Se faz necessário, dirigentes, lideranças, sobretudo a população seguir os protocolos.”

Para ele, o funcionamento das atividades laborais são necessárias, mas festas e eventos são condenáveis. Ele pediu, ainda, que os demais gestores não flexibilizem além do que estará no decreto.

Já a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim, defendeu a fiscalização e que as pessoas sigam de forma rígida o decreto e os protocolos, a fim de de estabilizar ou reduzir o contágio.

PGE

sub procuradora-geral do Estado Laura Maria disse, por sua vez, que os números não são confortáveis e que a expectativa era de fechar outros 14 dias. Ela expôs, contudo, que entende a necessidade de equilíbrio com a economia.

Laura, que explicitou ter visto parte do decreto, observa que o novo texto restringe qualquer aglomeração fora do trabalho. “Mas o Ministério Público continuará firme no cumprimento dos decretos estadual e municipais.”

A expectativa dela é que o novo texto mantenha uma situação menos danosa. Mas se a situação se agravar, ela alerta que este deverá ser revisto, sem descartar um novo fechamento de atividades não essenciais.

Destaca-se, o artigo 4º do decreto estadual permite o endurecimento das regras por parte das prefeituras. Em caso de flexibilização, cria dificuldades burocráticas, complementou o governador.

Reunião com o segmento econômico

Vale lembrar, Rogério Cruz se reuniu, nesta terça, com segmentos econômicos da capital para falar do próximo decreto. Segundo antecipado pelo gestor, no Paço Municipal, o texto prevê a abertura das atividades não essenciais durante os dias úteis com restrições de segurança em estabelecimentos com potencial para gerar aglomeração. Nos fins de semana, seguem as atividades essenciais e religiosas com capacidade limitada a 30% da capacidade.

Informação do Portal Mais Goiás.

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