O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, para a inauguração do Hospital de Campanha nesta sexta-feira (5). Ele não usava máscara e, ao se dirigir ao local da cerimônia, caiu ao tropeçar em uma mangueira.
A unidade foi a primeira a ser construída pelo governo federal e repassada para a administração estadual, que equipou os leitos, que vão atender pacientes com coronavírus na região.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até esta manhã, a cidade tem 297 casos confirmados e seis mortes por Covid-19. A previsão é que o hospital já comece a funcionar ainda nesta sexta-feira.
O presidente chegou de helicóptero acompanhado dos ministros general Eduardo Pazuello, general Braga Netto e Marcos Pontes. A inauguração também é acompanhada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e pelo secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.
Construção custou cerca de R$ 10 milhões. Ele foi anunciado no dia 7 de abril e concluído de 23 do mesmo mês. Porém, ele só foi transferido um mês depois.
O hospital tem capacidade para 200 leitos, mas começará a funcionar com 60 vagas, sendo 10 de UTI. Apenas pacientes encaminhados por outras unidades de saúde poderão dar entrada.
O governo estadual contratou uma organização social para gerir o hospital por seis meses. O governo vai repassar R$ 7,6 milhões por mês.
Além da construção, o governo federal também vai arcar com o aluguel e manutenção da estrutura física. Já a Secretaria Estadual de Saúde é a responsável por organizar toda operação da unidade, fornecimento de insumos como medicamentos e equipamentos de proteção, além de todos os aparelhos médicos necessários.
Agradeço pelo carinho, amigo @jairbolsonaro. Faço minhas as suas palavras. pic.twitter.com/YgwtjWPq88
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) June 5, 2020
Manifestações
Durante seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar os atos organizados por manifestantes autodenominados antifascistas e contrários ao governo que estão marcados para o fim de semana. Para Bolsonaro, esses manifestantes são “grupos de marginais, terroristas querendo se movimentar para quebrar o Brasil”.
“Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados, que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar o seu pão de cada dia e querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela”, disse.
Ainda segundo o presidente, a equipe de inteligência do governo federal não identificou grupos se movimentando para manifestações em Goiás, mas disse que, se houver, tem certeza que o governador Caiado vai tratá-los “com a dureza da lei que eles merecem”. E pediu para que manifestantes quem apoiam seu governo não compareçam às ruas.
“O outro lado, que luta pela democracia, que quer o governo funcionando, um Brasil melhor e preza pela sua liberdade, que não compareçam às ruas nesses dias, para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa federal, façam seu devido trabalho se por ventura esses marginais extrapolem os limites da lei”, disse.