Após 4.400 mortes, prefeito de Milão admitiu erro de ter apoiado campanha para cidade não parar

Homem caminha em Milão usando máscara contra coronavírus — Foto: AP Photo/Luca Bruno

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, admitiu que errou ao apoiar a iniciativa “Milão não para”. Há um mês, quando a região da Lombardia, onde fica a cidade, tinha 250 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, a campanha incentivou os moradores a manter suas rotinas apesar da pandemia. Hoje, a região é a mais afetada da Itália, com 34.889 casos confirmados e 4.861 mortes causadas pela doença. Salam, que é do Partido Democrático, de centro-esquerda, reconheceu o equívoco durante um programa que foi ao ar na televisão italiana. Segundo ele, era um erro, à época, defender a interrupção da vida normal na cidade porque ainda não se tinha a real dimensão da gravidade da doença.

Na ocasião, ele postou no Instagram um vídeo gravado por uma associação de bares e restaurantes de Milão que pedia que os 3,1 milhões de habitantes da cidade vivessem normalmente. Outras importantes figuras políticas do país, como o ex-ministro Matteo Salvini, também aderiram à campanha e compartilharam a mensagem.

Na ocasião, ele postou no Instagram um vídeo gravado por uma associação de bares e restaurantes de Milão que pedia que os 3,1 milhões de habitantes da cidade vivessem normalmente. Outras importantes figuras políticas do país, como o ex-ministro Matteo Salvini, também aderiram à campanha e compartilharam a mensagem. “Muitos falam daquele vídeo que circulava com o título #Milãonãopara. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado. Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus”, reconheceu Sala no programa. “Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas”, completou.

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