O tenente coronel Carlos Eduardo Belele, de 56 anos, foi preso na madrugada desta terça-feira (18) na Operação Circo da Morte, que investiga a atuação de um grupo de extermínio formado por policiais militares que atuaria em Caldas Novas, Santo Antônio de Goiás e Alto Paraíso. Belelli, como é conhecido, era comandante do 26º Batalhão da PM, em Caldas Novas, e foi candidato a deputado estadual pelo PR na última eleição. Antes também comandou 14ª Companhia Independente da PM em Alto Paraíso.
Na mesma operação, feita pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e pela Polícia Federal, foram cumpridos outros quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão.
Entre os crimes investigados, que teriam sido praticados pelo grupo criminoso, está o desaparecimento e morte do casal de namorados Dalila Fernanda Martins, de 21 anos e Darley Carvalho da Silva, de 31. Eles foram sequestrados de dentro de casa, em Santo Antônio do Descoberto, por homens encapuzados que se diziam policiais no dia 15 de março de 2017. O corpo de Darley foi encontrado em abril na zona rural de Silvânia. Segundo uma familiar ouvida na época, a causa da morte foi traumatismo craniano.
Dias antes, em 8 de março de 2017, o irmão de Darlei, Douglas de Carvalho da Silva, havia sido morto em uma suposta troca de tiros em Caldas Novas, depois que uma loja de celulares foi assaltada. Na época, Darlei teria ficado revoltado com a situação e duvidava da versão policial. De acordo com parentes, ele teria feito críticas à investigação do caso pelas redes sociais e pedido Justiça. Belelli comandava a operação que terminou com a morte de Douglas.
Operação
A operação conta com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO).
Ao todo, 5 promotores de Justiça, 3 delegados, além de agentes da PF comprem 5 mandados de prisão e 9 mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Caldas Novas.