[dropcap]D[/dropcap]oenças como Zika, Lyme e Nilo causadas por mosquitos, carrapatos e de pulgas triplicaram nos Estados Unidos entre 2004 e 2016. Mais de 640 mil casos foram registrados no país no período analisado. Além disso nove novos germes transmitidos pelo carrapato foram descobertos nos últimos 13 anos. A informação foi divulgada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças(CDC).
O relatório divulgado nessa terça-feira (1º) pelo CDC afirmou que estas doenças: Zika, Nilo Ocidental, Lyme e Chikungunya e outras infecções transmitidas por animais peçonhentos “tem confrontado os Estados Unidos e deixado muitas pessoas doentes”.
O estudo ainda não consolida números de 2017, mas com a proximidade do verão no país, as autoridades do CDC alertam os estados para reforçar campanhas para prevenção de picadas e infestações.
O diretor do CDC, Robert R. Redfield, afirmou que é preciso investir no controle dos vetores. “As primeiras linhas de defesa são departamentos de saúde estaduais e locais e organizações de controle de vetores, e devemos continuar a melhorar nosso investimento capacidade de lutar contra essas doenças”.
A informação é parte do último relatório de Sinais Vitais dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Mas segundo o órgão, este é o primeiro estudo que examina coletivamente as tendências de várias doenças, transmitidas por diferentes insetos (mosquitos, pulgas e carrapatos).
A conclusão do estudo é que os Estados Unidos não estão completamente preparados para controle de doenças causadas por estes transmissores. Chamou a atenção dos pesquisadores o aumento de transmissões da Lyme, uma doença transmitida por carrapatos. A proliferação de doenças transmitidas pelo carrapato cresceu 60% e segundo o CDC varia de região para região.
Além disso, os vírus mais comuns transmitidos foram o Nilo, Dengue e Zika.
O CDC afirmou que o aumento de casos está relacionado há vários fatores: maior exposição da população, que viaja ou recebe viajantes de áreas contaminadas, que acabam trazendo os vírus e infestando os vetores dentro do país.
A recomendação da agência de controle de doenças é que os estados e o governo federal invistam para reduzir a propagação dessas doenças e responder efetivamente aos surtos. “Isso exigirá investimento para controlar mosquitos,carrapatos e prevenir novas infecções”, pondera o comunicado.