A empresária Patrícia Rodrigues de Morais, acusada de aplicar goles em consumidores que buscavam os serviços de uma agência de viagens, tem cinco dias para se apresentar à Justiça para que passe a usar tornezeleira eletrônica. A determinação é da juíza Patrícia Dias Bretas. Ela deveria usar o item desde o ano passado, mas recorreu da decisão e até agora está sem o equipamento. A defesa da empresa, no entanto, garante que ela ainda não foi intimada da decisão. As informações são do portal G1.
Na decisão, a magistrada destacou que a empresária fica obrigada “a permanecer com a tornozeleira até o fim do processo ou eventual revogação da proibição”. No entanto, apesar de determinar o uso do equipamento, a juíza negou um pedido de prisão preventiva da acusada.
“Entendo que não merece prosperar, porque conforme explanado pelo representante ministerial, os documentos ora apresentados pela assistente de acusação não noticiam fatos novos aptos a reverberar em uma segregação cautelar. Outrossim, as medidas cautelares diversas da prisão têm sido adequadas e suficientes para evitar a reiteração delituosa, razão bastante para obstar a decretação de medida cautelar mais gravosa”, justificou a magistrada.
Patrícia responde em liberdade a seis processos judiciais, sendo dois por crime de estelionato e quatro ações de cobrança e execução. Além disso, também é investigada pela Polícia Federal, que apura como ela vendia moeda estrangeira sem autorização do Banco Central. Ela já teve dois pedidos de prisão negados pela Justiça.
A Polícia Civil estima que Patrícia causou um prejuízo de R$ 1 milhão aos clientes. No entanto, a empresária informou a veículos de comunicação que possui dívidas apenas no valor de R$ 300 mil com “5 ou 6 pessoas”, contraídas depois que ela “quebrou” financeiramente, em março de 2015. Apesar disso, ela negou ter praticado qualquer tipo de golpe.