Vistoria do Ministério Público de Goiás constatou desde corpos em decomposição do lado de fora do prédio até tratamento inadequado de restos mortais. Situação desumana e perigosa deixa população exposta
As más condições do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia (GO) e a insistência em não melhorar o atendimento e as instalações do prédio levaram o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) a tomar uma medida drástica: pedir na Justiça a interdição do serviço e fechamento da unidade que atende quase 900 mil pessoas que vivem nos 10 municípios goianos localizados no Entorno Sul do Distrito Federal, sob pena de o próprio governador de Goiás, Marconi Perillo, pagar multa em caso de descumprimento. A ação foi protocolada na última quinta-feira e pode ser aceita ou não pela Justiça.
Vistoria feita pelo órgão mostrou cenas desumanas: corpos em decomposição alocados dentro de urnas abandonadas do lado de fora do prédio e cercadas por moscas; veículos antigos como criadouros de baratas; geladeiras e materiais em desuso largados a céu aberto. Além disso, segundo o MPGO, o local não tem documentação básica para o funcionamento, como alvará sanitário, licença ambiental, regularidade técnica emitida pelo Corpo de Bombeiros e Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde.
Fonte: Correio Braziliense