Ney Santos (PRB) é acusado de integrar quadrilha que lavava dinheiro do tráfico de drogas; diplomação foi liberada pelo Tribunal Superior Eleitoral
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou o prefeito de Embu das Artes (SP), Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos (PRB) a ser diplomado e assumir o mandato. A decisão, expedida pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, também abrange o vice-prefeito eleito, Peter Motta Calderoni, mais conhecido como Dr. Peter.
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A diplomação de Ney Santos e Dr. Peter, que estava marcada para acontecer no fim do ano passado, havia sido suspensa por ordem do TRE-SP ( Tribunal Regional eleitoral de São Paulo), que seguiu decisão do juiz eleitoral de primeira instância, por suspeita de abuso de poder econômico e político no pleito municipal de 2016.
O vereador Hugo Prado (PSB) assumiu interinamente a prefeitura de Embu, na Grande São Paulo , no lugar Ney Santos no dia 1° de janeiro. Durante a sessão solene, foi lida uma carta do prefeito eleito em que ele se defende, dizendo que está sendo injustiçado e perseguido pela oposição desde 2010, “com denúncias falsas e mentiras”. No texto, ele diz ainda que irá se apresentar à Justiça em breve, “o que ainda não fez porque teme pela sua vida”.
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Ney Santos é considerado como foragido desde a deflagração da Operação Xibalba, no dia 9 de dezembro, quando foram cumpridos 49 mandados de busca e 14 de prisão preventiva. As investigações identificaram uma organização criminosa para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, supostamente liderada pelo prefeito eleito de Embu, segundo o Ministério Público.
No pedido à Justiça , o promotor sustentou que o prefeito eleito “usou contribuições provenientes de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes, incluindo os valores doados pelo próprio eleito à campanha”. De acordo com o pedido, esses delitos seriam realizados pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), da qual o investigado seria integrante.
Osasco
Em Osasco, o prefeito Rogério Lins (PTN) assumiu o mandato no dia 1º também depois de ter sido preso . Ele foi acusado de integrar um esquema de contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal da cidade enquanto era vereador.
Lins se entregou à polícia no dia 25 de dezembro e chegou a ser levado à penitenciária de
Tremembé, no interior de São Paulo, mas foi solto dias depois, quando o Tribunal de Justiça autorizou a soltura do político mediante pagamento de fiança no valor de R$ 300 mil.
* Com informações da Agência Brasil