Três ex-vigilantes penitenciários temporários e um detento do presídio de Jaraguá foram indiciados pela Polícia Civil, na região central de Goiás. Segundo o delegado Glênio Ricardo, o preso comprava lanches para os funcionários e, em troca, recebia regalias e tratamento diferenciado.
“Esse detento, de posse do seu cartão bancário, pagava inúmeros lanches para alguns vigilantes penitenciários. Em contrapartida, esses vigilantes ofertavam tratamento diferenciado a esse preso”, explicou.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionem.
Os indiciamentos aconteceram na terça-feira (24). O delegado disse que as investigações começaram há cerca de dois anos, após a direção do local suspeitar que o preso recebia tratamento diferenciado.
“No início do ano de 2020 nós recebemos um procedimento oriundo do presídio da cidade, em que o diretor apurava supostas irregularidades cometidas por alguns vigilantes penitenciários temporários e por um detento. Diante dos fatos, foi instaurado inquérito policial”, disse.
Conforme o investigador, após as diligências, a corporação descobriu que os vigilantes penitenciários, que eram temporários na época, recebiam lanches “diferenciados”, que eram pagos por um dos presos. Em troca, o detento recebia um tratamento especial.
“Conseguimos informações e provas robustas […]. Inclusive, há uma filmagem nos autos em que dois vigilantes entregam um objeto, uma caixa, ao preso, em horário não permitido”, explicou.
Com a conclusão do inquérito, os três ex-vigilantes penitenciários temporários devem responder corrupção passiva majorado e o detento que, segue preso até esta quarta-feira (25), por corrupção ativa majorado.
“O inquérito policial será encaminhado ao poder judiciário e a Polícia Civil de Jaraguá está à disposição”, disse o delegado.
Informações: G1-GO