O Gaeco, Grupo de Combate ao Crime Organizado, decidiu combater notícias falsas sobre o novo coronavírus que têm sido divulgadas por redes sociais. Em Londrina, no norte do Paraná, uma mulher precisou se retratar após encaminhar um áudio falando sobre o Hospital Universitário.
Até sexta-feira (20), o Paraná tinha 36 casos confirmados da doença, sendo que três deles estão em Londrina. Para evitar a propagação do vírus, o Governo do Estado decretou estado de emergência e determinou medidas para evitar aglomerações de pessoas, como fechamento de shoppings e academias.
No áudio, segundo o Gaeco, a mulher diz que recebeu informações em primeira mão de que a situação no Hospital Universitário estava caótica, que os médicos estavam escolhendo pacientes quem iriam salvar e quem morreria.
Afirmou, de forma inverídica, que havia três crianças entubadas no hospital com sintomas da Covid-19. Disse também que o prefeito de Londrina determinaria o fechamento completo do município.
As informações falsas rapidamente circularam pelas redes sociais e provocaram pânico em várias pessoas, ainda conforme a promotoria.
A superintendente do Hospital Universitário informou que não há crianças internadas com sintomas do novo coronavírus e que os atendimentos na instituição estão dentro da normalidade.
Os promotores investigaram e descobriram a autora do áudio que teve que se retratar. Ela gravou um novo áudio, pedindo desculpas e dizendo que todas as informações que disse não eram verdadeiras, foram baseadas em outros áudios que recebeu por grupos de mensagens.
Nesse caso, a autora do áudio poderá responder por contravenção penal por provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente ou praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
O fato será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.