Humberto Henrique de Oliveira Simon e Davi Santos da Cruz, presos no dia 25 de abril, por estelionato, tinham também ligação com crime de tráfico de armas e drogas, averiguado em apreensão realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), na BR-060, em Guapó. A ligação foi descoberta depois que policiais do 3º DP de Aparecida de Goiânia descobriram que um dos depósitos realizados pela dupla serviu para pagar a advogada de Gilson Cecote Cintra, preso com grande carregamento de armas. As investigações apontam que a quadrilha movimentava, apenas pela atuação de Humberto, cerca de R$ 200 mil por mês.
Humberto foi preso em uma agência bancária depois de tentar realizar depósitos, no valor de R$ 1500 e R$ 5 mil. O homem aparentou nervosismo durante as transações bancárias e foi abordado por policias, que constataram seu extenso passado criminoso. Em interrogatório no local, o homem apresentou respostas incoerentes e disse que trabalhava para alguém para quem realizava diversas transações bancárias, recebendo pelo serviço R$ 2 mil por mês.
Na casa do suspeito, os policiais encontram aproximadamente 50 cartões bancários, oito máquinas de cartões, cerca de R$ 3.600 em espécie, um caderno com anotações de dados bancários de diversas pessoas, bem como a contabilidade do negócio. Durante a averiguação no local, Humberto recebeu uma ligação de David, que marcou um encontro para lhe entregar dois cartões bancários, pelos quais receberia o valor de R$ 400. A prisão de David foi feita na sequência.
Já na delegacia, restou comprovado que um dos depósitos intermediados pela dupla foi feito para uma advogada, a qual revelou ter atuado na prisão de Gilson Cecote, preso em flagrante no dia anterior, trazendo as armas e drogas no fundo falso da camionete apreendida na BR-060. A polícia verificou então que, os cerca de R$ 200 mil movimentados por Humberto eram obtidos de inúmeras formas ilícitas, tais como tráfico de drogas e golpes aplicados por outros membros da facção.