[dropcap]D[/dropcap]enunciado pelo Ministério Público de Goiás, Djalma Flores foi condenado a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte a golpe de facas de Jusciene Silva Santos, em Santa Terezinha de Goiás. O feminicídio aconteceu em junho de 2017 quando o réu, mesmo impedido legalmente de se aproximar da mulher, deu várias facadas na vítima, levando-a à morte, o que aconteceu por motivo fútil e ainda por meio de recurso que dificultou a sua defesa e em razão da condição do sexo feminino. A sessão do Tribunal do Júri aconteceu em 17 de maio último.
O feminicídio
Segundo relatado na denúncia, Djalma, por volta das 22h30, do dia 6 de junho de 2017, foi até a casa da irmã de Jusciene procurá-la, uma vez que ela não tinha ido a seu encontro em sua casa, como supostamente haviam acertado. Ao chegar no local, Djalma perguntou a Gustavo, cunhado da vítima, o motivo pelo qual ela não queria ficar com ele, bem como tentou entrar na residência, mas foi impedido pelo dono da casa.
Logo depois, no momento em que Jusciene saiu da residência e entrou no carro do cunhado, o réu a agarrou pelo pescoço e a esfaqueou por diversas vezes. Gustavo chegou a arremessar um tijolo contra a cabeça de Djalma, mas ele não parou de ferir a vítima. Na sequência, ele fugiu do local do crime, enquanto Gustavo levou a mulher para o hospital. Ela, no entanto, não resistiu às lesões e morreu.
Jusciene tinha em seu favor medidas protetivas de urgência previstas em lei fixadas contra o réu, por ele ter cometido atos de violência contra a vítima durante o relacionamento afetivo entre eles, tendo sido, inclusive, advertido das consequências de seu descumprimento.
Djalma está preso desde o dia 28 de junho de 2017, situação que assim vai permanecer por ter sido negado a ele o direito de recorrer em liberdade, tendo sido mantida a sua prisão preventiva.