O presidente do Brasil tem sido incisivo ao defender a inclusão de nações emergentes em espaços de poder, para que haja melhores condições de desenvolvimento
Postado em: 04-03-2024 às 15h26
Por: Isadora Miranda
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O presidente do Brasil tem sido incisivo ao defender a inclusão de nações emergentes em espaços de poder, para que haja melhores condições de desenvolvimento | Fotos: Ricardo Stuckert / PRO Palácio do Planalto recebeu, nesta segunda-feira (04/3), a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Ademais, outro compromisso se deu durante a manhã: um encontro com Jin Liqun, presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (Asian Infraestructure Investment Bank – AIIB). Além do chefe do Executivo, a segunda reunião contou, também, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como “Banco do Brics”, Dilma Rousseff.
Entre os assuntos discutidos com a diretora-geral do FMI, Lula destacou a pauta da reforma da instituição para fomentar o desenvolvimento de países. O presidente do Brasil tem sido incisivo ao defender a inclusão de nações emergentes em espaços de poder, com a pretensão de garantir melhores condições para que o desenvolvimento socioeconômico desses países — a partir de condições de taxas e créditos acessíveis — possa ser implementado.
“Boa conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo. Também falamos da necessária reforma do FMI, para termos um Fundo Monetário Internacional mais representativo do mundo atual e capaz de ajudar os países que precisam recorrer ao FMI em melhores condições”, publicou Lula em suas redes sociais.
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Segundo Fernando Haddad, uma das propostas sondadas pelo Brasil no G20 seria a de troca de dívidas por investimentos, incluindo, também, melhores condições de créditos e taxas. “É uma proposta de refinanciamento da dívida em melhores condições”, disse ele.
O ministro da Economia resumiu, também, os principais pontos abordados na reunião. “Foi [uma conversa] sobre financiamento internacional, sobre apoio do Brasil ao FMI, alinhamento de cotas”, explicou.
Encontro com Jin Liqun A segunda reunião do dia foi frutífera. Jin Liqun, presidente do AIIB, informou que o órgão presidido por ele está pronto para o fornecimento de “grandes montantes de recursos”, os quais seriam destinados para projetos de infraestrutura do Brasil. “O Brasil é um dos membros mais importantes e de destaque da Ásia e estamos prontos para fornecer uma grande quantidade de recursos para o seu país. Até agora, estamos adequadamente capitalizados e não temos restrições de capital. Desde que tenhamos bons projetos, forneceremos financiamento. Queremos projetos de grande porte”, assegurou.
Entretanto, o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura afirmou que considera “pouco” o investimento existente no Brasil que, atualmente, totaliza R$ 350 milhões, que foram investidos em três projetos. “Até agora, realizamos projetos que não são muito grandes, mas se houver um grande projeto de infraestrutura, como uma ferrovia, que seja importante para o seu país, ou se houver projetos de conectividade indo para o oeste para alcançar o Pacífico, isso não é um problema para nós. Ficaremos mais do que felizes em fornecer financiamento para projetos de grande porte”, explicou.
Em conclusão, Jin Liqun inferiu que o banco estaria de portas abertas para o Brasil, demonstrando apoio. “Por exemplo, este ano, quando o Brasil tiver a presidência do G20 e, no próximo ano, quando tiver a COP 30, se houver algo que este banco possa fazer por vocês, será uma grande honra e um privilégio para nós fazermos coisas para o seu povo”, enfatizou.