Investigadores pretendem concluir, ainda no primeiro semestre deste ano, inquérito que envolve milícias digitais vinculadas a Jair Bolsonaro e, também, supostas tramas golpistas
Postado em: 04-03-2024 às 16h58
Por: Isadora Miranda
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Investigadores pretendem concluir, ainda no primeiro semestre deste ano, inquérito que envolve milícias digitais vinculadas a Jair Bolsonaro e, também, supostas tramas golpistas | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilEm depoimentos, os ex-comandantes da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, e do Exército, Freire Gomes, revelaram novas informações que confirmam as suas participações em reuniões, convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, para a discussão do suposto planejamento de golpe de Estado.
As falasNa última sexta-feira (1/03), o ex-comandante do Exército, que estava em viagem internacional, voltou ao Brasil para prestar depoimento à Polícia Federal (PF). Durante sua fala, foi confirmada a informação de que ele estaria presente em um dos encontros que objetivavam a elaboração de uma minuta golpista. A informação é da CNN e foi revelada no sábado (2/3).
À priori, os relatos das reuniões em questão foram feitos pelo tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada e exercia, também, o cargo de ajudante de ordens de Bolsonaro.
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Carlos Baptista Júnior, por sua vez, forneceu detalhes precisos sobre, ao menos, duas reuniões. Segundo mensagens obtidas pela PF, tanto Carlos Baptista Júnior quanto Freire Gomes teriam sido vítimas de ataques do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro nas últimas eleições, por não aderirem ao suposto plano golpista.
O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, que ficou em silêncio durante seu depoimento, teria sido o único a aderir à minuta do golpe, de acordo com declarações de Mauro Cid.