Saúde teria comprado R$ 32 milhões em preservativos femininos no auge da pandemia, diz CGU

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Saúde teria comprado R$ 32 milhões em preservativos femininos no auge da pandemia, diz CGU

O dado foi apresentado em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).

Postado em: 27-02-2024 às 16h19
Por: Luan Monteiro

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O dado foi apresentado em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU). | Foto: CGUO Ministério da Saúde comprou, sem necessidade, quase R$ 32 milhões em preservativos femininos no auge da pandemia da Covid-19. O dado foi apresentado em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).

As compras foram feitas de uma empresa que, alguns meses após fechar contrato com o ministério, foi investigada pela Comissão Parlamentar de Inquéirto (CPI) da Covid. A investigação, no entanto, não ocorreu por conta dos preservativos.

A auditoria informa que o ministério realizou licitações e adquiriu 10 milhões de preservativos femininos de látex ou borracha entre setembro de 2020 e setembro de 2021.

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De acordo com a CGU, na ocasião, o ministério já tinha estoque de pouco mais de 8,5 milhões de preservativos femininos, comprados ainda em 2019.

Em 2021, 7,9 milhões de preservativos do tipo distribuidos eram do contrato anterior e apenas 10,8 mil do novo contrato. Os itens adquiridos na licitação só passaram a ser distribuidos em fevereiro de 2022, apenas 3,8 milhões foram entregues à população ao longo do ano.

O relatório da Controladoria-Geral da União aponta que o ministério não explicou a origem do consumo médio mensal dos preservativos utilizados para o cálculo da compra.

Ainda de acordo com o documento, o consumo médio mensal em 2019 foi de 782,3 mil e, entre janeiro e setembro de 2020, de 931,4 mil.

Para os auditores da CGU, “os dados que apoiaram a necessidade da licitação foram superestimados, sem o memorial dos cálculos dos quantitativos de preservativos femininos e sem a apresentação da documentação que lhes deu suporte no processo licitatório”.

A CGU também afirma que a ação evidencia falha no planejamento do Ministério da Saúde, ainda mais durante o auge da pandemia.

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