O ministro da Casa Civil defende que a manifestação foi ‘aquém’ do esperado pelos seus divulgadores, porém, indica que a ‘radicalização’ persiste na esfera política brasileira
Postado em: 26-02-2024 às 17h53
Por: Isadora Miranda
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O ministro da Casa Civil defende que a manifestação foi ‘aquém’ do esperado pelos seus divulgadores, porém, indica que a ‘radicalização’ persiste na esfera política brasileira | Foto: Ricardo Stuckert/PRO ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliou que o discurso de Jair Bolsonaro, realizado no ato ocorrido no último domingo (25/2), apresentou tom de “confissão dos crimes praticados”.
“Talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chamam evento em praça pública e, na praça pública, em frente à multidão, confessam o crime. E vão além disso, pedem perdão, pedem anistia pelos crimes cometidos”, afirmou Rui Costa.
Declarações de Bolsonaro
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O ex-presidente expressou seu descontentamento com as investigações das quais é alvo, sobretudo, sobre a operação Tempus Veritatis, que apura o seu suposto envolvimento no planejamento de golpe de Estado.
“O que é golpe? Golpe é tanque na rua. É arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”, declarou Bolsonaro.
Falas de Rui Costa sobre o ato
Ao ser perguntado sobre a presença de políticos aliados a Bolsonaro no ato, Rui Costa revelou utilizar seu tempo com coisas mais “nobres” do que o assunto em questão. “Eu uso o meu domingo para coisa mais nobre do que ficar olhando… com todo respeito ao trabalho de vocês, que é informar, mas eu confesso que não uso meu tempo para ficar lendo, eventualmente, quem foi, quem deixou de ir ou detalhes da manifestação”, disse.
“[A manifestação] foi muito aquém dos que os próprios organizadores vinham divulgando, a surpresa é só em relação ao conteúdo da confissão dos crimes praticados. O Brasil inteiro ficou surpreso.”, falou o ministro.
Além disso, ele defende que a “radicalização” não será um problema solucionado em pouco tempo. “Isso é um processo. Nós não vamos resolver em poucos meses o nível de radicalização e ódio que foi alcançado no país. É um processo de decantação e de busca pela racionalidade e pela volta à paz. Isso está acontecendo lentamente”, argumentou.