O pastor poderia ser adicionado à lista de investigados sobre suposto planejamento de golpe de Estado depois de aumentar o tom de suas declarações durante manifestação ocorrida ontem (25/2)
Postado em: 26-02-2024 às 16h38
Por: Isadora Miranda
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O pastor poderia ser adicionado à lista de investigados sobre suposto planejamento de golpe de Estado depois de aumentar o tom de suas declarações durante manifestação ocorrida ontem (25/2) | Foto: Isac Nóbrega/PRA Polícia Federal (PF) avalia incluir, entre os alvos da operação “Tempus Veritatis”, o pastor Silas Malafaia. De acordo com o órgão, a investigação decorreria do financiamento do ato na Avenida Paulista, além de declarações feitas pelo pastor, as quais teriam sido feitas com o objetivo de desfavorecer a imagem dos trabalhos da PF e de integrantes do Poder Judiciário, através de inverdades.
“Olha o que está acontecendo no Brasil. Deputado com medo de falar, senador com medo de falar, brasileiros com medo de falar. Que democracia é essa que o povo tá com medo de falar? O Estado Democrático está em perigo.”, discursou Malafaia. “Alexandre de Moraes disse que a extrema direita tem que ser combatida na América Latina. Como um ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema direita nem a extrema esquerda. Ele é o guardião da Constituição. O presidente do STF, o ministro Barroso, disse: ‘Nós derrotamos o bolsonarismo’. Isso é uma vergonha, é uma afronta ao povo.”, completou.
A afirmação relativa à Alexandre de Moraes é falsa. Na ocasião, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) falou que a “chaga da corrupção” corroeu a democracia no Brasil e que contribuiu para “o retorno de uma extrema direita com ódio no Brasil”.
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Reações de bolsonaristas O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) informou, ao Poder360, que o discurso teve um tom desnecessário. “Todo mundo que discursou manteve uma linha, sem ataques. Estavam se referindo apenas às liberdades. E o discurso do Silas foi muito contundente contra o STF, o próprio Alexandre de Moraes. Para o objetivo da manifestação, que foi um sucesso, não precisava desse discurso”, disse.
No alto do trio elétrico, onde as declarações aconteciam, quatro governadores acompanhavam Silas Malafaia. Quando os ataques ao STF se iniciaram, três deles se afastaram do pastor — Ronaldo Caiado (União); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se retiraram da área de discursos. Apenas Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, permaneceu. Nenhum dos governadores falaram, publicamente, sobre o afastamento e seus motivos.