Os três mencionados são alvos da operação Tempus Veritatis, que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022
Postado em: 23-02-2024 às 15h53
Por: Isadora Miranda
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Os três mencionados são alvos da operação Tempus Veritatis, que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022 | Foto: Beto Barata/PLO presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, tomou uma decisão drástica em meio às investigações da Polícia Federal (PF) sobre o inquérito do suposto planejamento de golpe de Estado. Costa Neto cortou, no partido, os salários do ex-ministro Braga Netto e de Marcelo Câmara, ex-assessor pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações obtidas pelo blog da jornalista Andréia Sadi, Braga Netto recebia cerca de R$ 30 mil, enquanto Câmara tinha um rendimento mensal de aproximadamente R$ 20 mil, ambos pagos pelo PL. Os pagamentos foram suspensos desde que Valdemar foi proibido de se comunicar com os dois investigados.
Braga Netto desempenhava um papel crucial no PL, atuando como responsável por logística e organização de palanques eleitorais. Seu envolvimento com o possível roteiro do golpe, revelado pelas investigações policiais, surpreendeu até mesmo o presidente do partido, que sempre o elogiou.
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Recentemente, Valdemar Costa Neto prestou depoimento à Polícia Federal por cerca de três horas. Seu advogado, Marcelo Bessa, afirmou à imprensa que seu cliente respondeu a uma “bateria de perguntas” e que nunca foi cogitado que ele se recusasse a falar.
Dentro do PL, há um consenso de que não há retorno para Bolsonaro diante do avanço das investigações. Os aliados do presidente acreditam que, ao final das apurações, ele poderá ser preso, e já calculam as prováveis consequências desse desfecho para o quadro eleitoral do partido.