Um homem de 33 anos foi preso suspeito de vender diplomas falsos em Goiânia. Em um áudio, o investigado explicou que fazia diplomas de ensino médio, fundamental, curso técnico e superior. Segundo a Polícia Militar, o preço para o documento de ensino médio era de R$ 700 e para cursos profissionalizantes, R$ 2 mil.
“É o seguinte amigo, eu não vendo curso, eu entrego o diploma já pronto, você não tem que fazer nada. Diploma, histórico escolar. Com os documentos você pode fazer faculdade, concurso público, apresentar no trabalho, vale no Brasil todo”, disse o suspeito em um áudio.
Por não ter a identidade divulgada, o g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
A prisão aconteceu na noite da última terça-feira (10), após a PM receber a denúncia de que duas pessoas estariam usando drogas no Parque Atheneu. De acordo com o capitão Gustavo Arantes, a corporação encontrou os diplomas no carro do suspeito e, ao ir à casa dele, localizaram a impressora e carimbos.
“Isso prejudica muito a comunidade, a maioria estuda e procura se informar e se instruir. No final, uma pessoa dessa vende esse produto que concorre, em tese, em pé de igualdade no mercado de trabalho, prejudicando quem realmente estudou e conseguiu o diploma”, falou o capitão.
À PM, o suspeito alegou que estava vendendo os documentos porque estava com problemas financeiros. Conforme divulgado pela polícia, os certificados tinham nomes de pessoas do Mato Grosso e do Tocantins. Além disso, o que intrigou os policiais foi a presença de registro do Ministério da Educação (MEC).
“A organização era bem profissional, o que pesa mais é o registro do MEC. Vai ficar a cargo da Polícia Civil fazer investigar se ele tem ou não um comparsa no Ministério para registrar esse diploma”, explicou o capitão.
O g1 entrou em contato com a PC às 14h50 desta quarta-feira (11), para obter informações sobre a investigação, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
A reportagem entrou em contato também com o MEC, para apurar se houve alguma denúncia relacionada a diplomas falsos. A tentativa foi feita às 15h40 e o g1 não teve resposta até a última atualização deste texto.
Foram apreendidos dois celulares, uma impressora, um notebook e cheques sem fundo no valor de RR$ 5,2 mil. A PM divulgou que o suspeito era cabelereiro em Itaberaí, no noroeste de Goiás, mas morava na capital para vender os documentos.
O investigado foi levado à Central de Flagrantes e, segundo a PM, tinha registros criminais por ameaça e porte ilegal de arma de fogo.
Informações: G1-GO