Centro de Reabilitação é interditado por falta de alvará e investigado por suspeita de maus-tratos contra mulheres

Polícia disse que local abriga cerca de 50 internas para tratamento de dependência química, em Goiânia. Internas denunciam em vídeo falta de banheiros e até infestação de percevejos

Um centro de reabilitação foi interditado, no final da tarde desta quinta-feira (21), por falta de alvará e é investigado por suspeita de maus-tratos contra dezenas de mulheres, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o local abriga cerca de 50 internas para tratamento de dependência química. Em vídeo, feito pela polícia, as internas contam sobre a falta de condições básicas para conviver no local, como banheiros e infestação de percevejos.

“A gente não tem água, não tem banheiro para ir. A gente arruma uma vasilhinha para ir ao banheiro e fazer xixi no chão”, disse uma delas.

“A gente não dorme por conta dos bichos”, diz mulher com braço cheio de ferimentos dos insetos.

Como o nome do local não foi divulgado pela polícia, o g1 não conseguiu localizar os responsáveis para que se posicionassem.

A investigação começou após três internas conseguirem fugir e uma denunciar o local, que fica no Jardim Guanabara. A interna procurou a Polícia Civil e denunciou que as mulheres são vítimas de maus-tratos, castigos e torturas. Conforme a corporação, ela tinha ferimentos no calcanhar.

As internas denunciaram ainda que não receberam a vacina contra a Covid-19 e que administração do local estava cobrando R$ 150 pela imunização.

Em outro trecho do vídeo, as mulheres relatam ainda ter problemas de saúde e a administração não prestar o atendimento básico para o tratamento. “Era para fazer fisioterapia, meu braço está travando, meus filhos não me levam nem eles”.

A Vigilância Sanitária também foi ao local nesta tarde e informou que já havia recebido uma denúncia do Ministério Público. Conforme informou a polícia, o local não tinha alvará de funcionamento, extintor de incêndio e, dos três banheiros, apenas um estava em funcionamento.

A Vigilância Sanitária interditou o centro e deu 72 horas para que os administradores encaminhem as internas para as respectivas famílias ou a um abrigo. A Polícia Civil apreendeu documentos e vai abrir um inquérito para investigar as denúncias.

Informações: G1-GO

 

 

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