Após 20 dias de buscas, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, suspeito de matar uma família no Distrito Federal e de outros crimes também em Goiás, foi morto na manhã de hoje em uma ação policial em Águas Lindas de Goiás (GO). A morte foi confirmada pela Polícia Civil.
Fotos do corpo de Lázaro indicam que ele foi atingido por mais de dez tiros da cintura para cima, incluindo a cabeça.
O diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, informou que Lázaro teria sido morto após resistir à prisão. Um vídeo após a captura mostra policias colocando Lázaro em uma ambulância e comemorando a operação.
Rodney Miranda, secretário de segurança de Goiás, disse que Lázaro “foi socorrido com vida” ao Hospital Bom Jesus. O corpo já foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) onde passará por uma autópsia para identificar a causa da morte.
Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), deu a notícia da prisão (ainda sem a confirmação da morte do fugitivo) em um vídeo postado nas redes sociais. Ele elogiou o trabalho das forças de segurança e disse que “Goiás não é Disneylândia de bandido”. Ainda pela manhã, a ex-companheira do fugitivo foi levada à polícia.
Na sequência, em entrevista a jornalistas, Caiado disse que as investigações apontam que “houve uma proteção de algumas pessoas, não só no setor rural, mas na cidade de Cocalzinho, que deram guarida para ele ter um local onde dormir, se alimentar”.
“Ele era informado do deslocamento da polícia. Não era uma pessoa, como se pensava, que estivesse sozinho, sem proteção nenhuma na mata. Está bem claro para nós, estão avançando as investigações para saber a quem interessava manter esse contato e por que ficaram escondendo o Lázaro e facilitando a fuga”, completou.
Mais de 270 agentes mobilizados
As buscas por Lázaro começaram no dia 9 de junho, após o crime em Ceilândia (DF). Ele fugiu se escondendo na mata e passou por várias fazendas na cidade de Cocalzinho de Goiás (GO). Durante as buscas, o fugitivo trocou tiros com policiais, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) o trabalho de buscas mobilizou mais de 270 agentes das forças envolvidas. Entre elas, as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar. Nesse período, a força-tarefa recebeu cerca de 5,3 mil informações no disk-denúncia sobre o caso.
Lázaro é investigado por mais de 30 crimes, cometidos em Goiás, Bahia e Distrito Federal. A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio (roubo seguido de morte). Ele já possui uma condenação por homicídio, na Bahia, e era também procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.
*Colaboração para o UOL de Goiás