Operação Elite Fake: Cibernéticos consegue autorização judicial para excluir 45 perfis do Instagram que espalhavam fake news

Na manhã de hoje (23), a equipe Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) deflagrou a Operação Elite Fake, na qual investiga um grupo criminoso responsável por administrar 45 perfis de redes sociais usados para disseminar fake news e extorquir vítimas diversas. A investigação policial apontou que o grupo criminoso é responsável por administrar os perfis na rede social Instagram, os quais são utilizados para atacar a honra e imagem de profissionais de destaque em várias áreas, tais como digitais influencers, médicos, artistas, organizadores de eventos etc. Foram cumpridos 03 mandados de busca e apreensão domiciliar, todos em Goiânia. Os policiais civis apreenderam computadores, maquinetas de cartão de crédito e diversos celulares. A Justiça determinou ainda a exclusão dos 45 perfis criminosos da rede social.

A motivação de tais criminosos não é somente voltada para disseminar notícias mentirosas contra pessoas diversas, pois eles certamente lucraram alto financeiramente, já que, antes de realizar as postagens ou até mesmo após atacar a honra e imagem das vítimas, eles as contatavam e exigiam pagamento pecuniário, seja para evitar a realização das publicações caluniosas e difamatórias, ou para excluir as postagens que já teriam sido realizadas, numa verdadeira tentativa de extorsão.

Até o momento, foram identificados cinco envolvidos nas práticas delituosas, sendo que um homem de 30 anos de idade e uma mulher de 43 anos são apontados como os administradores dos perfis de redes sociais investigadas e beneficiados pelas extorsões. Os identificados são investigados pelos crimes de calúnia, difamação, associação criminosa e extorsão.

A delegada titular da DERCC, Sabrina Leles, alerta para o cuidado com os julgamentos que são feitos à vítima de fake news quando a sociedade se vale de um verdadeiro ‘tribunal da internet’: “Em regra, esta vítima não tem oportunidade de se defender, sendo acusada, julgada e condenada pela opinião pública. E, em muitos casos, se torna alguém recluso e eternamente estigmatizado socialmente, o que resulta em grande sofrimento psicológico e, não raras vezes, acaba no suicídio de algumas vítimas”, declara.

Fonte: Polícia Civil-GO

 

 

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