Operação Narco Flight: Polícia Civil desmantela organização criminosa que operava o tráfico de drogas via aeronaves

Divulgação: PC/GO

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta quinta-feira (15) a Operação Narco Flight. A operação investiga uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas, com emprego de várias aeronaves, mediante atuação interestadual e internacional.

Os policiais civis cumpriram na Operação Narco Flight: 17 mandados de busca e apreensão, dos quais 12 em Goiás e os demais em São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina; 4 mandados de prisão temporária na região metropolitana de Goiânia. Foram apreendidas 7 aeronaves, peças destes veículos aéreos, computadores, documentos, celulares, arma de fogo e outros objetos. Também foi lavrado um auto de prisão em flagrante por posse de arma de fogo. A operação mobilizou 40 policiais civis e 15 viaturas. São investigadas mais de 10 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Foram presos o líder da organização criminosa, o gerente operacional e dois operadores (responsáveis pelo trabalho de campo). As buscas foram cumpridas em locais utilizados por supostos pilotos e financiadores do esquema.

O maior objetivo desta investigação é desbaratar o braço financeiro da organização criminosa. “O patrimônio é considerável. Nós identificamos fazenda, imóveis e veículos de luxo. A gente acredita que o patrimônio ultrapassa R$ 50 milhões. O objetivo da operação é a constrição patrimonial, bloquear esse patrimônio para quebrar, de uma vez por todas, a atuação dessa organização criminosa”, declarou o delegado titular da Draco, Rodrigo Mendes, à frente da investigação.

As investigações da PCGO tiveram início há um ano e meio, mediante informações de que um helicóptero estaria transportando drogas para o estado de Goiás. Este helicóptero foi abordado numa cidade matogrossense que faz divisa com Goiás e, no local, a aeronave foi apreendida por estar com prefixo clonado. O piloto e o responsável pelo reabastecimento do helicóptero foram presos por porte de munição.

Meses depois, o piloto do citado helicóptero, que já se encontrava solto, foi preso com 1 milhão de dólares e uma arma de fogo, no Pará, ocasião em que pilotava um avião, que acabou sendo apreendido. Após este fato, a organização criminosa adquiriu uma 3ª aeronave. Numa das operações aéreas, essa aeronave pousa e, por problemas na pista clandestina, ocorreu um acidente e a aeronave foi danificada.

Após diligências, a PCGO passou a monitorar outra aeronave (4ª), também usada pelo grupo em Mozarlândia. Esta aeronave decolou de Mozarlândia e pousou no Amazonas, tendo sido apreendida lá (com irregularidades no plano de voo e sendo transportada por pilotos não licenciados, além de estar transportando grande quantidade de combustível).

Depois disso, a organização criminosa adquiriu uma 5ª aeronave. O veículo também passou a ser monitorado pela PCGO e, de Palmeiras de Goiás, decolou com destino a Roraima, onde o trem de pouso quebrou. Na ocasião os integrantes do grupo compraram um trem de pouso em Goiânia e o levaram, se valendo de um veículo, para Roraima.

Em razão da demora na resolução do problema do trem de pouso, a organização adquiriu uma 6ª aeronave. Essa nova aeronave decolou de Goiânia com destino a Roraima visando buscar o carregamento de drogas que se encontrava no local. A aeronave foi abordada com 400 Kg de droga (Skunk, uma supermaconha) e 10 Kg de pasta base de cocaína. Todos os ocupantes do avião foram presos. Uma caminhonete Hilux filmada na casa do líder do grupo criminoso, em Goiânia, foi apreendida em Roraima.

Em razão da perda de mais uma aeronave (6ª), cujos integrantes foram presos, um novo avião foi adquirido pela organização criminosa no Paraná (7º). Do Paraná a referida aeronave seguiu para Goiás, Mato Grosso, Manaus e Roraima. De lá atravessou a Venezuela e, assim que entrou no espaço aéreo Colombiano, foi interceptada pela Força Aérea Colombiana.

Uma escola de aviação em Goiânia, objeto de busca e apreensão, é investigada por suposta manutenção e custódia dessas aeronaves. Em 01 ano e 06 meses, a organização operou 07 aeronaves. As investigações da Draco dão conta de que o grupo é ligado a uma grande facção criminosa brasileira. A operação teve apoio da DOA/PCGO, DEIC/PCGO, DENARC/PCGO, PCSP e PCMT.

Fonte: Polícia Civil – GO

 

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