FICO: decisão do TCU favorece construção de ferrovia em MT pela Vale

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem (29) a renovação da concessão das ferrovias administradas pela Vale em Minas Gerais e no Pará. O novo contrato de outorga tem como contrapartida a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), o que resultará em um investimento em Mato Grosso de R$ 4 bilhões.

Mapa da FICO (Imagem: Valec)

O projeto da ferrovia existe desde 2010, e inicialmente ligaria o município de Campinorte (GO) até Água Boa (MT), um trecho de 383 km. Depois o projeto foi melhorado e agora prevê ligação até Lucas do Rio Verde (seriam mais 518 km de ferrovia), totalizando 1.641 km de ferrovia entre Mato Grosso e Goiás.

Recente alteração feita pela Valec – ramo da empresa responsável pelas ferrovias – mudou o trajeto de Campinorte para Mara Rosa (GO), um redução do trajeto em 30km, atendendo recomendação feita pelo TCU.

Investimento

A decisão foi comemorada pelo governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM)  e os setores econômicos – que aguardam há anos a instalação da Fico.

“A região do Araguaia tem um potencial gigante de crescimento. Podemos produzir em torno de 30 milhões de toneladas nos próximos cinco, dez anos. Seria um fenômeno. Hoje Mato Grosso produz 70 milhões, então com mais 30 milhões poderíamos romper a casa dos 100 milhões de toneladas”, defende o governador.

Mapa da FICO (Imagem: Valec)

Pela manhã, Mauro participou de videoconferência com o ministro do TCU, Bruno Dantas, que é o relator das concessões da Vale.

A reunião contou com participação do secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, os senadores Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (DEM) e os deputados federais Neri Geller (PP), Nelson Barbudo (PSL) e Rosa Neide (PT).

Quem também comemora a decisão do TCE é o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, comentou que a ferrovia deverá proporcionará menores custos de frete e vai beneficiar as cidades que estão em um raio de 400 km de distância do terminal.

“Isso vai permitir que este primeiro passo da Fico entrando em Mato Grosso e depois se estendendo à região noroeste do Estado possa realizar em tempo ágil”.

Gustavo aponta outra vantagem. “Sendo a Vale uma empresa privada, o tempo de execução da obra deverá ser muito reduzido em relação ao estimado para uma obra pública”, destaca. Com a informação do Portal Livre.

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