Com mais de 41 mil mortes relacionadas à COVID-19, a situação no mundo todo é de medo e pânico. Em todos os continentes, populações se questionam o que será do futuro e quantos mais serão vítimas desse vírus que já contaminou cerca de 735 mil pessoas em todo o planeta. No entanto, um número absoluto pode despertar a esperança em meio ao caos. Desde o início da pandemia até a manhã desta segunda-feira, aproximadamente 176 mil pessoas já se curaram do vírus. Os dados são do Worldometer, site que mostra estatísticas do planeta em tempo real.
Entre esse número, quase metade dos recuperados são chineses, primeiro país a sofrer com o vírus. Por lá, mais de 75 mil pessoas já foram curadas, o que equivale a 93% do total de casos. Assim que a propagação do vírus se intensificou, chamando a atenção de toda a mídia mundial, a China isolou a província de Hubei, primeiro epicentro da pandemia, e restringiu ao máximo a circulação de pessoas na região. Só agora, com o número de novos casos bem abaixo do que foi registrado inicialmente, é que a província vem voltando ao seu ritmo normal.
Em segundo lugar está a Espanha. No entanto, o número de recuperados no país ibérico é mais de quatro vezes menor do que o registrado na China. Por lá, 16.780 pacientes foram recuperados, o que equivale a menos de 20% de todos os casos. Além disso, apesar da população espanhola ser 30 vezes menor do que a chinesa, o país europeu já registra mais casos e mais mortes do que o país asiático.
A justificativa pode estar no atraso dos espanhóis a tomar medidas drásticas para conter o avanço do vírus. Mas também é relevante o fato de que a crise epidemiológica na Espanha é mais recente do que na China. Enquanto no último, a pandemia atuava fortemente em dezembro e janeiro, no primeiro a situação ficou realmente crítica em menos de um mês.
Esperança de um lado, preocupação de outro
Apesar de o número de recuperados superar a casa dos 155 mil, a taxa de recuperação da doença nunca foi tão baixa desde 11 de fevereiro, quando 81,16% das pessoas contaminadas haviam sido curadas. Desde então, quase durante todos os 30 dias seguintes, esse número só aumentou,alcançando os 94,36% em 7 de março e gerando esperança em toda a população mundial.
No entanto, foi nesse período que a Itália começou a registrar um aumento expressivo no número de casos, o que fez o primeiro-ministro do país, Giuseppe Conte, a colocar a um quarto do país em quarentena e, dias depois, expandindo a medida para todo o território. De lá para cá, a taxa de casos recuperados só vem diminuindo.
Outro fator importante para queda da taxa é o avanço da pandemia por outros países europeus como Espanha, Alemanha e França, que juntos, já somam 200 mil casos.
Os EUA também vêm registrando uma explosão de casos e mortes nas últimas semanas. O país norte-americano já registra cerca de 143 mil casos e 2,5 mil mortes. As ocorrências vêm subindo tão rapidamente que o presidente Donald Trump expandiu o período de quarentena no país para até 30 de abril.
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.