Dono de restaurante de Goiânia tem mais de R$ 18 mi depositados por engano na conta e compra carro de luxo

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por intermédio da 8ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia, deflagrou na manhã de hoje (25/04/2019) a “Operação Bienna” destinada ao cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão, bem como o sequestro de um veículo de luxo esportivo, qual seja, uma I/PORSCHE, modelo BOXSTER, 2.7, ano e modelo 2014, cor vermelha, avaliada, segundo a tabela Fipe, em aproximadamente R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).

O mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma casa de luxo localizada no Condomínio Granville, nesta Capital, local onde reside o empresário G.M.E., proprietário do
Restaurante Bienna. De acordo com as investigações, entre os dias 26 e 27 de dezembro de 2018, por uma falha no sistema de conciliação de vendas com cartões de crédito/débito do Banco Safra S.A., ocorreram créditos indevidos em contas correntes de centenas de clientes por todo o Brasil.

Um desses clientes é a empresa ESTEVAM CARNES NOBRES E EXÓTICAS EIRELI, que viu creditada em sua conta mantida no Banco Safra S.A. a quantia de R$ 18.666.000,90 (dezoito milhões, seiscentos e sessenta e seis mil e noventa centavos). Ao perceber o elevado valor na conta, ainda no dia 27/12/2018, G.M.E., proprietário da empresa, apropriou-se de parte desse valor e, com o escopo de dissimular/ocultar visando dar-lhe aparência lícita, realizou transferências eletrônicas por meio de internet banking que juntas somam R$ 1.129.794,58 (um milhão, cento e vinte e nove mil, setecentos e noventa e quatro reais e cinquenta e oito centavos).

As transferências foram realizadas para a conta do pai, para outra conta da empresa mantida em outra instituição financeira e para outras empresas. Todavia, essas transferências não foram concretizadas, pois conseguiu-se o bloqueio das operações. Porém, fora concretizada uma transferência no valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais) como pagamento referente a aquisição do veículo I/PORSCHE, modelo
BOXSTER, 2.7, ano e modelo 2014, cor vermelha.

Tal veículo, segundo as investigações, fora registrado em nome de N.A.A.F., uma amiga do investigado G.M.E.. As condutas perpetradas por G.M.E. configuram os crimes de apropriação de coisa havida por erro (art. 169, caput, CP – pena de detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa) e de lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei n.º 9.613/1998 – pena de reclusão de 3 a 10 anos, e multa).

As penas podem variar, então, se condenado, entre 3 e 11 anos de prisão e multa. Salienta-se que a operação foi denominada “Bienna” por dois fatores. Além de se tratar do nome fantasia do estabelecimento comercial do investigado G.M.E., Bienna é uma cidade localizada na Suiça, país que, por várias décadas, esteve entre os maiores paraísos fiscais
do mundo.

Sair da versão mobile