OPERAÇÃO ZAYN ENTRE POLÍCIA CIVIL – DECAR E PRF – desarticula organização criminosa que atuava em 05 (cinco) estados

COMUICAÇÃO PRFGO E POLÍCIA CIVIL

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Decar (Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas), em parceria com a PRF.

[dropcap]A[/dropcap] Força Tarefa entre Polícia Civil de Goiás (PCGO) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagra em 30/08/2018 a “OPERAÇÃO ZAYN”, que desarticula organização criminosa que atuava em 05 (cinco) estados. Integrantes da PRF e da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas – DECAR lideraram os levantamentos, que individualizaram as condutas, identificaram bens e patrimônios da organização criminosa e coletaram evidencias. 

Após 18 meses de investigações e levantamentos de inteligência policial, foi identificada organização criminosa responsável por dezenas de crimes cometidos em vários estados, como sequestros, furtos e roubos de carga, adulteração veicular, falsificação de documentos, fraude em sistemas de informática de DETRANs e enriquecimento ilícito. O aparato da ORCRIM era requintado: composta por núcleos em diferentes estados e com diferentes funções, contava com divisões logísticas, motoristas profissionais e criminosos armados. Os chefes lideravam os núcleos enquanto amealhavam patrimônio considerável.

A organização era diferenciada: 09 (nove) empresas foram identificadas como fazendo parte da ORCRIM. O trabalho integrado entre as duas polícias resultou no cumprimento de 97 (noventa e sete) medidas cautelares, sendo 35 (trinta e cinco) Mandados de Prisão e 62 (sessenta e dois) Mandados de Busca e Apreensão, todos cumpridos em sincronia nos estados de Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Esse não é o único golpe desferido contra o crime organizado. Durante os trabalhos de levantamento foram presas em decorrência da Força-Tarefa 20 (vinte) pessoas, aprendidos e recuperados 26 (vinte e seis) veículos de cargas e identificados mais de 60 (sessenta) veículos com suspeita de fraude veicular (agora sujeitos à apreensão por forças policiais). Estima-se que o grupo seja responsável por mais de 80 roubos nos estados em destaque, representando um prejuízo de cerca de R$ 40 milhões de reais (entre carga e veículos) por ano.

PREJUÍZO ANUAL – R$ 40.000.000,00 (QUARENTA MILHÕES DE REAIS) A ORCRIM atuava de inúmeras maneiras. Em uma das táticas, utilizavamse de “iscas” (jovens mulheres de boa aparência), posicionadas de forma estratégica às margens da rodovia para atrair caminhoneiros, que, ao pararem para oferecer carona, eram surpreendidos por criminosos armados e levados ao cativeiro. Enquanto o motorista era mantido em cárcere, tanto a carga como os veículos eram negociados com receptadores e outros integrantes da ORCRIM. Já com o veículo vazio, efetuavam adulterações nas quais modificavam os identificadores veiculares (como chassis e números de motor). Então a ORCRIM conseguia inserir nos sistemas de trânsito dos DETRANs os dados falsos, criando um veículo novo a partir de um roubado, podendo negociá-los como “veículos de boa procedência”. Outra estratégia da ORCRIM era, com uso de caminhões previamente adulterados, ofertar fretes para empresários que, acreditando-se tratar de pessoas honestas, carregavam suas cargas.

A ORCRIM, então, simplesmente desviava as cargas, lucrando com o prejuízo da coletividade. Tendo em vista a deflagração da operação, foi utilizado o seguinte quantitativo operacional: • 150 Policiais Civis, incluindo delegados, escrivães e agentes; • 200 Policiais Rodoviários Federais; • 85 Viaturas; • 01 aeronave de asa fixa (transbordo de presos entre PA e GO). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Goiás apoiou os trabalhos. A operação foi intitulada “ZAYN” em referência ao nome de origem árabe, que significa “perfeição”, “graciosidade”. Ilustra-se a percepção que os integrantes da ORCRIM tinham sobre as ações criminosas, que acreditavam serem perfeitas, sem vestígios e impossíveis de serem descobertas pela ação policial – um feliz engano, como demonstra o sucesso da força-tarefa entre PRF e PCGO.

Em Goiás serão 23 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão.

Os presos deverão ser encaminhados à sede da Delegacia da PRF no Jardim Guanabara para exames de corpo de delito. Logo após, às 10h, haverá uma entrevista coletiva no auditório da SPTC (Av. Atílio Correia Lima, Cidade Jardim). 

De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, titular da Decar, a organização criminosa alvo desta Operação já teve 19 integrantes presos nos últimos meses. Barros destaca, ainda, que a ação em parceria com a PRF já proporcionou a recuperação de 25 caminhões antes da deflagração das diligências desta quinta-feira.

A concentração da Operação aconteceu há pouco, às 4h, na sede do TCE, em Goiânia, e contou com a presença de membros do Ministério Público.

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