Estima-se que quadrilha tenha causado prejuízo calculado em R$ 1 milhão a instituição bancária e lesado clientes em 23 estados, além de ter movimentado cerca de R$ 10 milhões, inclusive em bitcoins
[dropcap]Q[/dropcap]uatro mandados de busca e apreensão cumpridos, dois veículos de luxo apreendidos em sequestro de bens e dois foragidos: esse é o balanço do apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) de Goiás prestou a sua congênere do Tocantins, que deflagrou a Operação Ostentação. Realizadas na manhã desta terça-feira (08), as diligências foram cumpridas nos dois estados com o objetivo de desbaratar uma organização criminosa especializada na prática de fraudes bancárias via internet que já causou prejuízos a uma instituição bancária, calculados em R$ 1 milhão. Ao todo, estima-se que clientes de 23 estados tenham sido lesados pela ação da quadrilha.
Deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Tocantins, a Operação Ostentação foi realizada em atuação conjunta com a Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança, responsável pelo processamento e difusão dos elementos iniciais de informação que deram origem a investigação e com Polícia Civil do Estado de Goiás.
De acordo com as investigações, coordenadas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos do Tocantins (DERCC-TO), os crimes eram praticados possivelmente com a utilização de máquinas virtuais em serviços de nuvens, com servidores instalados dentro e fora do país, e através softwares maliciosos possivelmente infectavam os dispositivos utilizados pelas vítimas para acessarem o internet banking, apoderando-se a partir de então dos dados dos clientes.
A soma de esforços dessas forças policiais culminaram na expedição de cinco mandados de Prisões Temporárias, sete mandados de busca e apreensão, sete ordens de sequestros de veículos de luxos, bem como imóveis, além do bloqueio do importe de R$ 1 milhão nas constas bancárias dos suspeitos. Em Goiás, foram apreendidos uma Land Hover e um automóvel marca BMW.
A investigação foi deflagrada após serem identificados que clientes de 23 Estados do país tiveram suas contas bancárias invadidas e os valores furtados para realizações de transações ilícitas, consubstanciadas em diversos pagamentos e transferências em nomes de terceiros, destacando-se boletos de tributos, a exemplo de ICMS e IPVA.
Estima-se que o prejuízo causado à instituição bancária, em um período inferior a poucos meses, é de aproximadamente R$ 1 milhão. Os investigados movimentavam valores que podem superar R$ 10 milhões de reais, considerando ainda os altos valores transacionados em bitcoins.
A operação contou com o apoio de mais de 60 policiais civis, reunindo a Polícia Civil do Tocantins, Diretoria de Inteligência do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Polícia Civil do Goiás e membros da Polícia Civil do Estado de São Paulo.