Conforme a investigação, que durou cerca de três meses, após o Detran identificar a fraude, José Wanderson era contratado por autoescolas para fazer o processo de credenciamento e recredenciamento junto ao órgão estatal. Ele replicava comprovantes de pagamentos originais das taxas para o serviço, no valor aproximado de R$ 160, cada, mais taxa de serviço, e ficava com o valor pago pelos serviços supostamente prestados.
José Wanderson agia em nome da Multi Consultoria e Associados, cujo proprietário, Divino Alves da Silva, está preso no Distrito Federal. Segundo a delegada Mayana Rezende, responsável pelas investigações, o suspeito percebeu que não havia um sistema interligado entre a instituição financeira que recebe os pagamentos e o Detran. “Ele falsificava os comprovantes de pagamentos dessas taxas e anexava os recibos aos processos”, explicou.
José Wanderson foi preso nas dependências do Detran e deve ser inciado por estelionato. O comparsa, Divino Alves, preso por outras fraudes, também deverá ser indiciado no mesmo inquérito. Eles agiram durante cerca de seis meses, entre 2016 e 2017. De acordo com a polícia, os CFCs que contratavam a empresa não tinham conhecimento do golpe.