Laudo laboratorial comprovou que produto tinha resquícios de milho, feijão, além de cascas e galhos de café e outras árvores.
A Polícia Civil de Inhumas indiciou, nesta sexta-feira (4), o empresário Isaac José Abdala, de 57 anos, por crime contra as relações de consumo e desobediência. Segundo o delegado Humberto Teófilo, o homem é proprietário de uma empresa de torrefação e moagem de café, que teria adulterado o produto antes de repassar ao consumidor.
A fiscalização no estabelecimento ocorreu em abril, com o apoio da Vigilância Sanitária (estadual e municipal), Procon e Polícia Militar, após um consumidor ingerir a bebida e passar mal, com sintomas como diarreia e vômito. Laudos de laboratório, liberados só agora, comprovaram a adulteração.
De acordo com a autoridade policial, na época da fiscalização, a empresa foi interditada cautelarmente porque apresentava instalações precárias, armazenava pacotes de café com a data de validade expirada e ainda não possuía licenciamento ambiental para funcionar e nem alvará do Corpo de Bombeiros. Ontem, ao receber o resultado dos laudos, no entanto, os policiais encontraram a fábrica funcionando normalmente.
Segundo os laudos periciais, quase 10% do produto analisado eram compostos por cascas e galhos de café e de árvores diversas, milho e feijão. O material era misturado ao produto durante os processos de torrefação e moagem. A Polícia Civil já solicitou ao Poder Judiciário suspensão das atividades da empresa.