“Bom dia Brasil” anunciou, ao vivo, a prisão de duas advogadas de Niquelândia por fraudes em processos para obtenção de benefícios junto à Previdência Social.
A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (6), uma operação para combater um grupo suspeito de fraudar benefícios previdenciários de pensão por morte e aposentadorias em Goiás e no Distrito Federal. Segundo a corporação, o esquema causou prejuízo de R$ 5 milhões aos Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A Operação Oruza é uma força-tarefa da PF com a Secretaria de Previdência e o Ministério Público Federal (MPF). São cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão nas cidades goianas de Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propício, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul e Formoso, além de Brasília.
Conforme divulgado pela Superintendência da PF em Goiás, as investigações começaram há dois anos, depois que foram identificadas concessões irregulares de benefícios rurais para o pagamento de pensão por morte. De acordo com a polícia, os valores eram recebidos de forma retroativa após a apresentação de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos rurais.
Em nota enviada pelo INSS ao G1, Marcelo de Henrique Ávila, da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (Coinp), da Secretaria de Previdência, afirma que esta foi a maior operação do ano. Ele diz que “o monitoramento feito no perfil das concessões de benefícios com pagamentos retroativos naquelas agências foi fundamental para detectar a fraude”.
“Geralmente existe um padrão na concessão de benefícios em cada agência. Quando, no nosso monitoramento, percebemos uma distorção em determinado benefício entramos em alerta e começamos uma análise interna para entender o porquê do aumento abrupto dessas concessões”, afirma na nota.
Entenda o esquema
- Agenciador forjava documentos de pessoas fictícias ou sobre fatos que não aconteceram;
- Falsos documentos iam para sindicatos rurais;
- Sindicatos e fazendeiros emitiam declarações falsas sobre o trabalho das pessoas fictícias;
- Com os documentos, integrantes faziam agendamentos no INSS;
- Grupo procurava servidores envolvidos no esquema com ajuda de advogados;
- Quando tinham pedido negado, entravam com ação usando documentos falsos;
- Quadrilha se mudava de cidade anualmente para fugir da fiscalização;
- INSS desconfiou da quantidade de benefícios e impediu desvio de R$ 10 milhões, diz PF;