TRÊS JOVENS SÃO PRESOS PELA PRF TRANSPORTANDO DROGAS EM ÔNIBUS INTERESTADUAL.

Segundo a PRF, a droga está avaliada em cerca de R$ 60 mil

Três jovens foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na madrugada desta sexta-feita (12), suspeitos de tráfico de drogas. Com eles, os agentes encontraram tabletes de maconha, cocaína e crack. As ocorrências foram distintas e ocorreram no Km 194 da BR-153, município de Uruaçu.

Durante fiscalização de rotina em um ônibus interestadual que saía de Goiânia para Altamira, no Pará, a PRF encontrou, nas bagagens de um jovem de 22 anos, cerca de 50 Kg de drogas.

O jovem, além de apresentar bastante nervosismo, tentou rasgar os tickets de suas bagagens a fim de que os PRFs não localizassem a droga, que estava distribuída em 2 das 5 malas que o rapaz levava. Dentro delas foram encontrados 40,5 Kg de maconha e 9,5 Kg de cocaína.

Segundo o acusado, ele teria comprado a droga em Goiânia, pelo valor de R$ 15 mil e revenderia os entorpecentes no município de Santa Inês, região noroeste do Maranhão. Ao recolher a droga, os agentes perceberam que, em alguns tabletes de cocaína, estavam estampadas a marca “El Patron”, relacionadas ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar.

O segundo caso, deu-se com o flagrante de mais 1 Kg de crack que estava sendo transportado por um casal, ambos de 19 anos. A droga estava escondida na bagagem de mão do rapaz e tinha o destino de Gurupi, município do Tocantins.

De acordo com os jovens, eles teriam recebido R$ 300 para comprar as passagens de ida e volta para Goiânia, local onde um desconhecido lhes entregou a droga e receberiam R$ 1.500 para transportá-la de volta para o Tocantins, onde seria comercializada.

Os três foram detidos e encaminhados, juntamente com a droga, para a Polícia Civil, em Uruaçu.

AGRAVANTE

Os casos chamam a atenção para o aumento do número de jovens, entre 15 e 26 anos, que tem sido atraídos para o tráfico de drogas. Só nos últimos 6 anos, o número de jovens envolvidos com delito subiu 30%, de acordo com pesquisa realizada pela Folha de São Paulo.

Segundo o antropólogo inglês Luke Dowdney, autor do livro “Crianças no Tráfico”, a maioria desses jovens acreditam que o tráfico de drogas é uma alternativa ao ao que não recebem da sociedade. E que, hoje em dia, o que tem sido negando a essa parcela da população, infelizmente, é oferecido pelo tráfico de drogas por uma série de pré-fatores. A questão da pobreza, obviamente, e a exclusão social desses jovens, a quem falta perspectiva de futuro, é um dos principais.

Ainda de acordo com Luke, o tráfico não é a raiz dos problemas, ele é o sintoma de uma série de outros. E, se a sociedade não trata essas questões preliminares – exclusão social, perspectivas, marginalização geográfica e econômica, pobreza e exclusão – acaba não tratando a raiz do problema do tráfico de drogas.

Fonte: PRF-GO

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