A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Goiás, nesta quinta-feira (14), contra grupo suspeito de faturar R$ 1 milhão com fraudes na concessão de aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Os mandados foram cumpridos em Goiânia, Fazenda Nova e Jussara. A operação apontou que o grupo era especializado em fraudar benefícios de aposentadoria por idade, pensão por morte, auxílio reclusão e salário maternidade.
A investigação constatou a atuação de dois advogados e dois presidentes de sindicato de trabalhadores na agricultura familiar. Os nomes dos investigados não foram revelados pela operação. Por isso, o g1 não conseguiu contato com as defesas para se manifestar.
Os investigados poderão responder por organização criminosa, estelionato contra o INSS, corrupção ativa e passiva.
A investigação começou em 2019, a partir de denúncia registrada na Ouvidoria Geral da Previdência Social. As fraudes consistiam principalmente em adulterações de documentos por parte de procuradores e sindicato de trabalhadores na agricultura familiar de Fazenda Nova.
Segundo a PF, após a adulterações de documentos, um servidor do INSS, sem o devido agendamento (furando a fila virtual), concedia o benefício de forma imediata. Quando passaram a ser exigidas as digitalizações dos documentos, elas também não eram realizadas.
Nos casos de auxílio reclusão, a Polícia Federal apurou que havia adulterações de certidões carcerárias ou concessões para pessoas cujo instituidor do benefício não estava preso ou recluso. Grande parte dos benefícios foram pagos com data de início retroativa, o que gerou pagamentos atrasados com valores vultosos.
Informações: G1-GO