Cinco dos nove vereadores do município de Gouvelândia, a cerca de 315 km da capital, forram cassados pela Justiça Eleitoral por fraude. Uma investigação apurou a coligação não garantiu o percentual mínimo de 30% de mulheres na chapa.
Além do presidente da Câmara, Roneide Alves de Assis (MDB), foram cassados José Aldo Moreira, Camilo Sarkis Limongi Martins, Orozimbo Lemes do Padro (todos também do MDB) e João Batista Silveira dos Santos (PDT).
De acordo com a 46ª Zona Eleitoral, responsável pelo processo eleitoral no município, das cinco candidatas apresentadas na chapa, quatro eram parentes de vereadores já eleitos. Além disso, elas não fizeram campanha, não prestaram contas e não receberam nenhum voto.
O chefe do Cartório Eleitoral da Zona, Leonine Monteiro Branquinho, afirmou que, além da cassação, os votos da coligação também serão anulados. “Foram colocadas mulheres apenas para ‘segurar a cota’, sem que elas tivessem o objetivo de disputar o pleito. Por esse motivo, a chapa toda foi invalidada. Todos foram cassados e todos os votos foram anulados”.
Novos vereadores
Leonine ressaltou que os suplentes também não poderão assumir por causa da alteração no coeficiente eleitoral. Ele afirmou, ainda, que na próxima sexta-feira (31) haverá uma recontagem dos votos para definir quem serão os novos parlamentares do município .
“A recontagem será feita desconsiderando os votos os votos recebidos na coligação. Os suplentes eleitos não poderão assumir porque, a partir do momento que os votos são anulados, o coeficiente eleitoral muda. Tudo será feito pelo sistema e será divulgado no mesmo dia. A partir daí encaminharemos os novos nomes para que a Câmara Municipal possa dar posse, o que deve acontecer na semana que vem”, concluiu.