Operação Quarto Setor: oferecida denúncia contra 8 envolvidos em fraudes na UEG.

A desembargadora Elizabeth Maria da Silva recebeu nesta quarta-feira (8/3) denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás denúncia contra os oito envolvidos em crimes que acarretaram prejuízo superior à Universidade Estadual de Goiás (UEG) em valor superior a R$ 10 milhões. A magistrada determinou ainda o levantamento do sigilo da peça processual, mantendo a restrição de acesso aos autos. As medidas cautelares diversas da prisão foram mantidas em relação a todos os denunciados.

Os denunciados Marcelo Henrique dos Santos, Adair Antônio de Freitas Meira, Luiz Antônio Arantes, Francisco Afonso de Paulo, Antônio Fernandes Júnior, Lucas Vieira da Silva Meira e Lívia Baylão de Morais estão sendo acusados dos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dispensa indevida de licitação.

Conforme detalhado na denúncia o esquema era liderado por Adair Meira, que é dirigente de várias entidades de terceiro setor e sócio proprietário de inúmeras empresas privadas. Desse modo, ele atuou para que R$ 10 milhões da UEG fossem ilegalmente transferidos para a Fundação Universitária do Cerrado (Funcer), atualmente Funser, a qual ele presidia.

Adair ocupou ainda a presidência do comitê de gestão administrativo-gerencial, na intervenção promovida pela 9ª Promotoria de Justiça de Anápolis, que é responsável pela curadoria de fundações e entidades do terceiro setor, e da qual o promotor Marcelo Henrique dos Santos é titular.

Adair foi auxiliado ainda pelo então reitor da UEG, Luiz Arantes e, à época gerente de contratos da UEG, Francisco Afonso. O grupo contava ainda com a atuação da advogada Lívia Baylão, que era responsável por orientar, participar de reuniões e por confeccionar, de fato, a maioria dos documentos solicitados pela organização criminosa para o funcionamento dos esquemas ilícitos.

Colaboraram também com a organização o denunciado Antônio Fernandes, conhecido como “Toninho”, braço direito de Adair e que, além de ter desempenhado a função de administrador-gerente na Funcer, no início da intervenção administrativa promovida pela 9ª Promotoria de Justiça da comarca de Anápolis, também sucedeu, a partir de 10 de maio de 20125, o denunciado Adair Meira na presidência da instituição e, atualmente, ainda ocupa o cargo da presidência. Por fim, integravam o grupo o denunciado Lucas Vieira, filho de Adair, e o ao advogado e servidor da UEG, Carlos Neuclimar Vieira. Assinam a denúncia o procurador-geral de Justiça Lauro Machado Nogueira, e os integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Walter Tiyozo Linzmayer Otsuka, Mário Henrique Cardoso Caixeta e Juan Borges de Abreu. Confira aqui a íntegra do documento.

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